Tuesday, October 17, 2006



olho ao espelho
aquilo que em
tempos fui
e no que
poderei vir a ser
grito como se
não quisesse acreditar
olhando para
tras tentanto descobrir
o que será e o que um
tentou ser.

olho para o espelho
tentando em vão
descobrir os vestigios
de um estranha identidade
como se até então
nada ai fosse .

olho ao espelho
chorando as magoas sofridas
olho ao espelho
os sorrisos um dia perdidos
olho para aquilo que existiu
e que nunca mais existirá.




C
aminha
pelas ruas desertas
despidas de calor
com trechos incertos
sedentos por horror

caminha
sem medo do que virá
sem olhar para trás
incerta com o que poderá
vir a acontecer

nada é certo
as certezas que há
é que nada
será certo.

Sunday, October 15, 2006



rosas

As rosas do meu jardim são de profunda cor negra são tristes, despejadas de esperança, com um cheiro cheiro de doce vingança.

As rosas do meu jardim
são almas negras
que despejam
de sentimentos
o mais puro dos homens.

A
s rosas do meu jardim
enredam-se
no banco de cal
onde as minhas palavras
estão gravadas.

As rosas do meu jardim
escondem
os mais horriveis e profundos
segredos
palavras que saem
de lábios entreabertos
que se cravam no meu coração

As rosas do meu jardim
têm espinhos
de veneno mortal
que matam todos
os que lhe ouzam tocam.

Eu simplesmente me sento a olhalas.

Saturday, October 14, 2006


passando cada dia,
como se
de mais nada se trata-se
como se
de tudo fosse

passando cada dia,
fingindo
um sorriso
fingindo
uma palavra

passando cada dia
assim,
e de mais neniuma maneira


Não vale a pena

Não vale a pena,
fingirmos ser o que não somos....
porque a mascara cairá,
mais rapido do que esperamos,
porque talves um dia
quando tivemos coragem
para nadar contra a corrente
não o faremos,
porque o grande sonho
não passa disso
porque não vale a pena
ser o que não queremos ser
pois querer ser é
muito mais importante,
do que fingir ser
porque nunca poderemos ser,
outra coisa do que
a final somos.

Tuesday, October 10, 2006


Refugia-se nesta constante mudança,
esperando que alguem a olhe
e a ajude a mudar,
espera constantemente que os sons que deixa escapulir
se tornem em gritos de socorro,
não consegue viver escondendo-se do tempo,
pois ele está sempre a seu pé , melhor amigo infame
que não espera pelo momento
gotas de orvalho deslizam
dos seus olhos escancarados,
quais fendas de medo,
casadas pela turtura...
ela não consegue viver assim... ela nunca conseguirá.

peabor